Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente - PNUMA
O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), fundado em 1972 por meio da consagrada Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, atua no presente momento com sede em Nairóbi, no Quênia. Desde seu estabelecimento, o PNUMA tem operado paralelamente com aproximadamente 193 estados-membros, além de sociedades privadas e entidades das Nações Unidas, a fim de incentivar e coordenar a implementação de políticas ambientais e o desenvolvimento de práticas sustentáveis em escala global, visando promover, de forma igualitária, a melhoria na qualidade de vida dos povos sem prejudicar gravemente as próximas gerações.
Entre suas principais funções, o PNUMA desenvolve pesquisas e gera dados, utilizados como fonte de informação para decisões políticas e planejamento de ações. Além disso, uma das principais missões de sua atuação é auxiliar a transição das economias vigentes em direção ao baixo consumo de carbono, ao mesmo tempo, em que obtenham a máxima eficiência de seus recursos [1].
Nesse sentido, o órgão assume uma posição de referência global quando se trata do tópico socioambiental, de modo que sua importância se revela, no cenário mundial, ao adereçar problemáticas atuais e relevantes como o manejo adequado dos ecossistemas e a prevenção de novas pandemias e crises gerais de saúde, como da COVID-19, que atingiu o planeta de forma drástica nos últimos anos [2]. Por isso, a pauta recebe luz e será discutida dentro do comitê no presente ano.
TEMA ÚNICO: “Pandemia em espera: a destruição dos habitats naturais e o consequente risco das zoonoses emergentes”
Historicamente, o homem sempre esteve em contato com os seres vivos para atividades comuns, desde as mais especializadas, e até mesmo para a sua própria companhia, no entanto, esse mesmo contato é capaz de transmitir doenças, seja por meio de vírus, bactérias ou parasitas que prejudicam a vida humana. A partir disso, as patologias advindas deste processo recebem o nome de zoonoses [3]. Nesse viés, este processo pode emergir ou reemergir por variados fatores, tais como: comércio, viagens, mudança no habitat terrestre, poluição e aumento populacional, que levam a outros fatores que se vinculam ao seu risco, a exemplo: industrialização e segurança de alimentos, interação e domesticação de animais silvestres, comidas exóticas como a carne de caça, transporte de pessoas ou animais doentes, entre outros.
Além disso, cabe ressaltar a respeito do período de pandemia da COVID-19, que evidenciou de forma contundente a interligação entre a saúde humana e a saúde animal. O surgimento da COVID-19, é um exemplo marcante de como as zoonoses podem impactar globalmente [4]. A transmissão inicial do vírus a partir de animais para humanos destaca a importância de compreender e monitorar as interações entre seres humanos e animais, além de reforçar a necessidade de medidas preventivas robustas para essa e outras doenças.
Dessa forma, é relevante enfatizar a necessidade de implementação de guias, como o Manual de vigilância, prevenção e controle de zoonoses do Ministério da Saúde de 2016 [5], o qual busca tratar das variadas formas de tratamento e técnicas de cuidado para as mais variadas doenças, recursos e medidas por meio dos órgãos públicos e privados para que seja possível realizar o diagnóstico precoce das devidas zoonoses para assim impedir que tome grandes proporções. De modo a abarcar a temática em variados grupos e áreas da sociedade, uma vez que sua abordagem se mostra pertinente para a discussão do tema.
Diretores Acadêmicos:
Maria Cecília de Oliveira Pacheco
Pedro Henrique Fragôso de Sousa
Diretores Assistentes:
Alícia Costa Gurgel de Medeiros
Ana Beatriz Amorim de Oliveira
Bruna Thaís Pessoa Gomes
Ewerton Matheus da Silva Gois
Marília Agnes Delfino da Silva
Sofia Meirelles Portela Bezerra e Silva
Tutor:
Daniel Oliveira Guerra
Filmes Relacionados:
-
Eu sou a lenda (2007), 1h41m, Diretor: Francis Lawrence. Sinopse disponível em: https://www.papodecinema.com.br/filmes/eu-sou-a-lenda/. Acesso em 06 jan. 2024.
Documentários Relacionados:
-
Contaminação: A verdade sobre o que comemos (2023), 1h24m, Direção: Stephanie Soechtig. Sinopse disponível em https://www.papodecinema.com.br/filmes/contaminacao-a-verdade-sobre-o-que-comemos/videos/. Acesso em 10 jan. 2024.
Artigos Relacionados:
-
POESTER, V. R. et al. CATastrophe: Response to the challenges of zoonotic sporotrichosis in southern Brazil. Mycoses, v. 65, n. 1, p. 30–34, 20 ago. 2021.
-
DOS SANTOS, D. R. L. et al. Uncovering neglected subtypes and zoonotic transmission of Hepatitis E virus (HEV) in Brazil. Virology Journal, v. 20, n. 1, p. 83, 2 maio 2023.
-
BELLO CORASSA, R. et al. Evolution of Chagas’ disease in Brazil. Epidemiological perspective and challenges for the future: a critical review. Perspectives in Public Health, v. 137, n. 5, p. 289–295, 10 out. 2016.
-
ZANELLA, J. R. C. Zoonoses emergentes e reemergentes e sua importância para saúde e produção animal. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v. 51, n. 5, p. 510–519, maio 2016.
REFERÊNCIAS
[1] Site Oficial do PNUMA. Disponível em: https://www.unep.org/pt-br. Acesso em 05 jan. 2024.
[2] PNUMA intensifica trabalho com zoonoses visando proteger o meio ambiente e reduzir o risco de pandemias. Site Oficial do PNUMA. Disponível em: https://www.unep.org/pt-br/noticias-e-reportagens/comunicado-de-imprensa/pnuma-intensifica-trabalho-com-zoonoses-visando#:~:text=Nair%C3%B3bi%2C%2012%20de%20maio%20de,espalhou%20por%20todo%20o%20mundo. Acesso em 05 jan. 2024.
[3] ZANELLA, Janice R. C. Zoonoses emergentes e reemergentes e sua importância para saúde e produção animal. Pesq. agropec. bras., Brasília, v.51, n.5, p.510-519, maio 2016. DOI: 10.1590/S0100-204X2016000500011
[4] JOLY, C. A.; QUEIROZ, H. L. DE. Pandemia, biodiversidade, mudanças globais e bem-estar humano. Estudos Avançados, v. 34, n. 100, p. 67–82, set. 2020.
[5] BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Manual de vigilância, prevenção e controle de zoonoses: normas técnicas e operacionais [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. – Brasília: Ministério da Saúde, 2016.