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CPP

Conferência de Paz de Paris (1919)

A Conferência de Paz de Paris foi um organismo internacional que reuniu os países da Entente após o fim da Primeira Guerra Mundial para definir os termos da paz que viria a ser imposta aos países membros da Tríplice Aliança. Tendo existido entre 18 de janeiro de 1919 até 21 de janeiro de 1920, a Conferência reuniu 30 nações. Dentro das matérias reguladas pelo comitê estão: o Tratado de Versalhes (que afetou a Alemanha), Tratado de Saint-Germain (que afetou a Áustria), Tratado de Neuilly-sur-Seine (que afetou a Bulgária), Tratado de Trianon (que afetou a Hungria) e Tratado de Sèvres (que afetou o Império Otomano).[1]


Por conseguinte, a Conferência de Paris buscou estabelecer a ordem que viria a ser criada no pós-guerra. Tanto pelos vários tratados que visavam punir as nações perdedoras, como também pela criação de novos instrumentos e organismos internacionais, com o objetivo de manter a paz, bem como o de impedir que outro conflito de tal porte viesse a ocorrer no futuro. Desse modo, a Conferência de Paz de Paris foi essencial para toda a temática do Direito Internacional e da Diplomacia no decorrer do Século XX.


Sob essa perspectiva, de ser um comitê centenário e, corroborando com o fato de vir a ser o comitê mais antigo a ser simulado numa SOI, a Conferência de Paris será um enorme chamariz, debatendo em tópico único a temática histórica do período:

TEMA ÚNICO: “Restabelecimento da paz e das fronteiras territoriais mundiais após o fim da Grande Guerra”.

A 1ª Guerra Mundial foi um dos conflitos mais brutais da história, registrando a contagem de 40 milhões de vítimas, das quais 22 milhões foram baixas em combate. Além disso, a própria natureza das batalhas, com uso massivo de trincheiras, deixou inúmeras chagas territoriais, principalmente no continente europeu, que foi o principal Teatro de Operações da 1ª Guerra. [2]


Nesse sentido, o ponto inicial da Conferência de Paz de Paris, como indica seu próprio nome, foi o de organizar novamente as nações beligerantes em medidas de pacificação, de forma a evitar que um conflito de tamanha brutalidade e intensidade ocorresse novamente no mundo. Uma das demonstrações dessa importância é que a Conferência de Paris gestou a primeira organização internacional em moldes modernos, com a Liga das Nações, cuja intenção principal era a de alinhar os interesses globais de modo a mitigar os conflitos. [3]


O ponto seguinte era o de estabelecer os termos territoriais, não restringindo-se apenas ao continente europeu, mas para as demais regiões do mundo afetadas pela Primeira Guerra Mundial. Como destacado, boa parte dos Impérios da Europa entraram em derrocada ou acabaram após o fim do conflito, de modo que populações inteiras reivindicavam grandes parcelas territoriais, aproveitando-se do vácuo existente. Nesse sentido, a Conferência de Paris foi essencial para reorganizar e, principalmente, ao não permitir a existência de vácuo de poder e de território que provocasse um novo conflito de magnitudes globais.


Portanto, a Conferência de Paz de Paris por meio desses dois tópicos complementares se configurou como uma ferramenta essencial no sentido de mitigar conflitos imediatos em um planeta devastado pelas complicações de uma Guerra, utilizando-se tanto da pacificação como da reestruturação territorial das fronteiras dos países a qual haviam se esfacelado com o conflito.

Diretores Acadêmico:

Guilherme de Oliveira Rocha Cruz

Lucas Felipe da Silva


Diretores Assistentes:

Fernanda de Melo Beltrão

Jayana Farias Soares de Oliveira Galvão

Letícia Furtado Oliveira Menezes

Lucas de Sena Miranda

Maria Clara Câmara Cruz



Tutor:

Victor da Silva Morais

Livros e Artigos relacionados:

REMARQUE, Erich Maria. Nada de Novo no Front. Porto Alegre: L&PM, 2018. 208 p.

MACMILLAN, Margaret. Paz em Paris, 1919: A Conferência de Paris e seu mister de encerrar a Grande Guerra. 2004. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira.

HOLBROOKE, Richard e MACMILLAN, Margaret. Paris 1919: Seis Meses que mudaram o mundo. 2003, Editora: Random House Books.

NICOLSON, Harold. Peacemaking, 1919. 1933. Editora: Simon Publications.


REFERÊNCIAS

[1] GERWARTH, Robert. The Vanquished: why the first world war failed to end. Nova Iorque: ‎ Farrar, Straus And Giroux, 2017

[2] HOBSBAWM, Eric. A Era dos Extremos – O Breve Século XX (1914-1991). São Paulo: Companhia das Letras, 1995.

[3] NICOLSON, Harold. O Tratado de Versalhes: a paz depois da primeira guerra mundial. São Paulo: Globo Livros, 2014.

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