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ONU Habitat

Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos - ONU Habitat

O Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-Habitat) tem seu marco inicial a partir de 1978, como resultado da Conferência das Nações Unidas sobre Assentamentos Humanos (Habitat I). Contudo, somente em 1 de janeiro de 2002, por meio de resolução da Assembleia Geral, o mandato da Habitat foi fortalecido e elevado ao status de programa de pleno direito no sistema da ONU, dando origem ao ONU-Habitat.[1]


Com sede firmada em Nairóbi, capital do Quênia, a organização é a Agência da ONU responsável por pautar a promoção do desenvolvimento de assentamentos humanos, que sejam social e ambientalmente sustentáveis, assim como a obtenção de moradia adequada para todos. Dessa forma, o ONU-Habitat busca consolidar políticas de planejamento urbano eficazes, atuando em prol do desenvolvimento urbano social, econômico e ambientalmente sustentável. [2]

TEMA ÚNICO: “Lar sem lugar: a invisibilidade da população em situação de rua e a cidade como um direito.”


A situação de rua representa uma crise global de Direitos Humanos que vem se agravando ao longo de décadas e requer uma resposta urgente por parte da comunidade internacional, uma vez que afeta os mais diversos contextos econômicos. Assim, trata-se de um tema que surge como consequência da incapacidade dos governos de reagir às crescentes desigualdades entre as rendas e o acesso à propriedade, bem como aos problemas enfrentados com a ascensão da urbanização e da migração.



Diante desse contexto, a situação de rua passa a se enquadrar como uma realidade enfrentada por indivíduos mais vulneráveis da sociedade, os quais lidam diariamente com o abandono, a invisibilidade social e a negação da dignidade humana e de demais direitos. Nesse sentido, as pessoas envolvidas por essa conjuntura não só se inserem no cenário da falta de moradia, como também formam um grupo social com identidade própria, objeto de estigmatização, exclusão social e criminalização, fomentando os obstáculos para a quebra do ciclo de vulnerabilidade.[3]


Essa discussão tornou-se ainda mais urgente em virtude do aumento expressivo no número de pessoas em situação de rua no contexto da pandemia causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, bem como no cenário pós-pandêmico atualmente vivenciado. A crise instaurada em escala global foi e continua sendo considerada a maior emergência sanitária e humanitária mundial do último século, a qual acentuou de forma latente as vulnerabilidades da população em situação de rua e evidenciou a importância da habitação como um determinante social em saúde e dignidade humana.[4]


Tendo em vista a situação de violação dos direitos básicos respaldados pela Carta da Nações Unidas e enfrentada pelas populações em situação de rua, o comitê se dispõe a abordar as principais causas e consequências que fazem essa problemática crescer e se perpetuar no âmbito global. Aliado a isso, será proposta a elaboração de medidas estratégicas e possíveis soluções para a assegurar a tais populações condições dignas de vida, de modo que será imprescindível tratar também acerca das questões de trabalho, moradia e de saúde.

Diretoras Acadêmicas:

Maria Laura Jales de Oliveira

Maria Ritha Galvão de Figueiredo


Diretores Assistentes:

Arthur Morais Rodrigues Cavalcanti

Janine Praxedes do N. R. de Andrade

Jennifer Lopes Cavalcante

Maria Cecília de Oliveira Pacheco

Marília Agnes Delfino da Silva


Tutora:

Bianca Gomes Fonseca de Sá

Filmes Relacionados:

Capitães de Areia (2011), 1h36min, Diretor: Guy Gonçalves e Cecília Amado. Sinopse disponível em: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-202644/. Acesso em 2 dez. 2022.

Viver Sem Endereço (2014), 1h45min, Diretor: Paul Bettany. Sinopse disponível em: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-223467/. Acesso em 2 dez. 2022.


Livros Relacionados:

GRINOVER, Ada Pellegrini; ASSAGRA, Gregório; GUSTIN, Miracy; LIMA, Paulo Cesar Vicente de; LENNACO, Rodrigo (Org.). Direitos Fundamentais das Pessoas em Situação de rua. 2. ed. Minas Gerais: Editora D’plácido, 2016. Sinopse disponível em: https://www.editoradplacido.com.br/direitos-fundamentais-das-pessoas-em-situacao-de-rua-2-edicao. Acesso em 4 dez. 2022.

LEFEBVRE, Henri. O Direito à Cidade. 5. ed. São Paulo: Centauro Editora, 2009. Sinopse disponível em: https://www.skoob.com.br/livro/7057ED89957. Acesso em 2 dez. 2022.

GEHL, Jan. Cidades Para Pessoas. 2. ed. São Paulo: Perspectiva, 2015. Sinopse disponível em: https://www.skoob.com.br/livro/345777ED388007. Acesso em 2 dez. 2022.

ROLNIK, Raquel. Guerra dos lugares: a colonização da terra e da moradia na era das finanças. São Paulo: Boitempo, 2019. Sinopse disponível em: https://www.boitempoeditorial.com.br/produto/guerra-dos-lugares-850. Acesso em 4 jan. 2023.


Músicas Relacionadas:

Baiana System. Invisível. Brasil: Máquina de Louco, 2017. Disponível em: https://www.letras.mus.br/baianasystem/inivisivel/. Acesso em 22 dez. 2019.


REFERÊNCIAS

[1] Site Oficial do ONU-Habitat. Disponível em: https://unhabitat.org/about-us/learn-more/>. Acesso em 02 dez. 2022.

[2] Ibidem.

[3] Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas. Relatório da Relatora Especial sobre moradia adequada como componente do direito a um padrão de vida adequado e sobre o direito a não discriminação neste contexto. Disponível em: https://terradedireitos.org.br/wp-content/uploads/2016/11/Relatório_População-em-situação-de-rua.pdf. Acesso em 02 dez. 2022.

[4] JORNAL HOJE. Aumenta o número de pessoas em situação de rua no Brasil, diz pesquisa. Disponível em: https://g1.globo.com/jornal-hoje/noticia/2022/06/09/aumenta-o-numero-de-pessoas-em-situacao-de-rua-no-brasil-diz-pesquisa.ghtml. Acesso em: 03 dez. 2022.

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